Escova progressiva sem formol: vantagens, riscos e cuidados

Escova progressiva sem formol é a alternativa mais procurada por quem deseja fios lisos, com menos frizz e redução de volume, mas teme os efeitos tóxicos do formol.

Ao substituir o agente proibido por compostos como carbocisteína, tioglicolato de amônio e etalonamina, o procedimento se torna mais seguro, embora continue exigindo cuidados profissionais e manutenção em casa.

Escova progressiva sem formol: vantagens, riscos e cuidados

O termo “progressiva” indica que o resultado melhora a cada reaplicação: o cabelo vai ficando progressivamente mais alinhado. A técnica ganhou força depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) limitou o formol a 0,2% — quantidade que atua apenas como conservante, sem capacidade de alisar.

Hoje, a maior parte dos salões recorre à carbocisteína para abrir a estrutura dos fios, permitindo que a chapinha molde o formato. Em seguida, ativos como tioglicolato de amônio fecham a cutícula, garantindo o efeito liso por até cinco meses, dependendo da frequência de lavagens.

Segundo o dermatologista João Roberto Antônio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, remover o formol reduz riscos de irritação nos olhos, queimaduras no couro cabeludo, queda de cabelo, problemas respiratórios e até desmaios. Contudo, o especialista lembra que qualquer química pode fragilizar a fibra capilar.

Hora a hora do processo inclui: lavagem com xampu de limpeza profunda, aplicação do produto alisante, secagem, pranchado em mechas finas e enxágue final com máscara de tratamento. A temperatura da chapinha deve ficar abaixo de 200 °C; acima disso, há possibilidade de queimar as fibras, dano percebido semanas depois.

Nem todo tipo de fio reage da mesma forma. Cabelos afro, por serem mais porosos, correm maior risco de danos; já fios virgens tendem a não absorver plenamente o ativo e podem apresentar resultado discreto. Cabelos muito oleosos ou couro cabeludo sensível também podem sofrer irritação.

Gestantes são orientadas a adiar o procedimento, pois as substâncias químicas podem atravessar a corrente sanguínea. Profissionais experientes reforçam a importância de verificar a formulação na embalagem: termos como “formaldeído” ou “poliformol” indicam a presença do composto proibido. Em caso de dúvida, o forte odor liberado pela fumaça ao pranchá-lo é sinal de alerta.

Para prolongar o efeito da escova progressiva sem formol, evite xampus de limpeza profunda, pois eles retiram o produto dos fios. Invista em hidratações semanais, que devolvem água e nutrientes perdidos durante o alisamento, e nunca durma com o cabelo molhado, hábito que altera a forma dos fios.

Se o resultado ficar chapado demais, converse com o cabeleireiro sobre reconstrutores de cachos ou espere o produto sair naturalmente. Reaplicações costumam ocorrer quando a raiz cresce e o contraste de textura incomoda, geralmente após 90 dias.

Segundo orientação da Anvisa, todo procedimento químico deve ser realizado em ambiente ventilado e com equipamentos de proteção adequados, diminuindo a inalação de vapores.

Em resumo, a escova progressiva sem formol entrega lisos duradouros e menos agressivos, mas ainda requer avaliação profissional, escolha de produtos certificados e rotina de cuidados para manter a saúde dos fios.

Quer conhecer mais formas de cuidar do cabelo tratado quimicamente? Acesse nossas dicas de cuidados capilares e continue acompanhando nossos conteúdos de beleza.

Crédito da imagem: Berk Ucak/GettyImages

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