Botox trata hiperidrose, bruxismo e vaginismo e desponta como aliado terapêutico para diversas condições médicas, muito além de suavizar rugas faciais. A toxina botulínica, aplicada em pontos estratégicos, controla do suor excessivo às contrações involuntárias do assoalho pélvico, expandindo seu alcance na medicina.
A busca por esses benefícios ganhou visibilidade após a atriz Mel Maia relatar o uso do produto nas axilas para conter a hiperidrose. O depoimento reacendeu a curiosidade sobre onde e por que o botox pode ser aplicado fora do rosto.
Botox trata hiperidrose, bruxismo e vaginismo; saiba usos
Segundo a dermatologista Sílvia Quaggio, o interesse pela toxina cresce em áreas como pescoço, colo, mandíbula e até trapézio, onde ajuda a relaxar a musculatura e, de quebra, afinar o contorno do pescoço. Na ginecologia regenerativa, o foco recai sobre o vaginismo, condição em que a musculatura pélvica se contrai involuntariamente e dificulta a penetração, o uso de absorventes ou mesmo exames ginecológicos.
Como a toxina botulínica age no corpo
O botox bloqueia a liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável por contrair músculos e ativar glândulas sudoríparas. Ao interferir nesse processo, ele diminui a força muscular ou a produção de suor, conforme o objetivo do tratamento.
Principais indicações terapêuticas
Além da aplicação estética na face, a toxina é usada para:
- Hiperidrose: axilas, mãos e pés passam até 9 meses sem suor excessivo.
- Bruxismo e apertamento dental: redução da força mastigatória por cerca de 6 meses.
- Vaginismo: relaxamento do assoalho pélvico, facilitando exames e relações sexuais.
- Enxaqueca crônica: diminuição da frequência e intensidade das crises.
- Espasmos musculares, distonias e alguns casos de estrabismo, uso consagrado desde a década de 1980.
Duração dos efeitos
A permanência do resultado varia conforme área e dose. Na face, as linhas de expressão permanecem suavizadas entre quatro e seis meses. Pescoço e colo mantêm o efeito por cerca de quatro meses. Já aplicações para hiperidrose resistem de seis a nove meses, enquanto bruxismo e trapézio costumam necessitar de nova sessão após seis meses.
Imagem: Divulgação
Cuidados pré e pós-procedimento
Sílvia Quaggio orienta evitar anticoagulantes e anti-inflamatórios nos dias que antecedem a aplicação para minimizar hematomas. O procedimento dispensa jejum, mas não é indicado para gestantes, lactantes, pacientes com doenças neuromusculares ou infecções ativas na área tratada. Depois da aplicação, não se deve massagear o local, deitar-se nas quatro horas seguintes nem praticar atividade física intensa.
Entidades como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica reforçam que o botox é seguro quando aplicado por profissionais habilitados, seguindo critérios clínicos e dosagens apropriadas.
Em síntese, a toxina botulínica consolida-se como ferramenta versátil para questões estéticas e médicas, oferecendo alívio prolongado em condições que vão do suor excessivo às dores de cabeça crônicas.
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Foto: FreePik


