A identificação das causas, a classificação correta do tipo de pele e a adoção de rotinas de cuidados orientadas por dermatologistas continuam a ser as principais recomendações no combate à acne, segundo profissionais da área de saúde cutânea.
Origem do problema
Estudos clínicos indicam que a produção excessiva de sebo pelos folículos pilosos é o gatilho mais frequente para o surgimento de cravos e espinhas. Alterações hormonais, estresse, dieta rica em açúcares refinados, laticínios ou gorduras e uso inadequado de cosméticos também aparecem nas pesquisas como fatores agravantes.
Classificação dos tipos de pele
Dermatologistas dividem a pele humana em quatro grupos: oleosa, seca, mista e normal. A oleosa tende a apresentar brilho constante e maior incidência de lesões inflamatórias; a seca descama com facilidade e requer hidratação constante; a mista combina oleosidade na zona T (testa, nariz e queixo) com ressecamento nas bochechas; já a normal mantém equilíbrio entre oleosidade e hidratação. A identificação correta dessa classificação orienta a escolha de produtos de limpeza, hidratação e fotoproteção.
Rotina diária recomendada
Especialistas sugerem três etapas essenciais, realizadas duas vezes ao dia:
- Limpeza com sabonete, gel ou esfoliante suave, adequado ao tipo de pele, para remoção de oleosidade, impurezas e células mortas.
- Hidratação com fórmulas oil free e não comedogênicas, mesmo em peles oleosas.
- Proteção solar com fator mínimo 30, aplicada inclusive em dias nublados, para evitar piora de inflamações e surgimento de manchas.
Papel da alimentação
Pesquisas recentes apontam correlação entre dietas ricas em açúcares processados, laticínios e alimentos gordurosos e aumento na frequência de surtos acneicos. Por outro lado, cardápios com frutas, vegetais, grãos integrais, água em abundância e fontes de ômega-3, como peixes e sementes de chia, demonstram reduzir processos inflamatórios cutâneos.
Tratamentos tópicos e sistêmicos
Entre as formulações de uso direto na pele, figuram substâncias como peróxido de benzoíla e ácido salicílico, indicadas para desobstruir poros e diminuir vermelhidão. Quando a resposta tópica é insuficiente, médicos podem prescrever antibióticos orais ou isotretinoína. Este último agente, conhecido comercialmente como Roacutan, destina-se a quadros graves ou resistentes.
Isotretinoína: benefícios e riscos
No tratamento da acne severa, a isotretinoína reduz a produção sebácea, promove resultados duradouros e, em muitos casos, induz remissão completa após o término do ciclo terapêutico. Entre os efeitos adversos mais relatados estão ressecamento de pele e mucosas, sensibilidade à luz solar e, em raras ocorrências, alterações de humor. O medicamento é contraindicado durante a gestação por risco de malformações congênitas, exigindo métodos contraceptivos eficazes em pacientes em idade fértil. A substância só pode ser usada sob prescrição e acompanhamento médico.
Procedimentos auxiliares
A chamada Terapia com Luz Azul, aplicada em consultório, ganhou espaço como alternativa não invasiva. O feixe luminoso age diretamente sobre as bactérias envolvidas na formação das lesões, podendo complementar tratamentos tópicos ou orais.
Imagem: Internet
Lista de produtos citados por especialistas
Entre itens comumente recomendados estão:
– Adesivos secativos com ácido salicílico;
– Tônicos antiacne à base de ácido salicílico;
– Séruns com niacinamida, ácido kójico ou tranexâmico;
– Géis de limpeza com niacinamida e ácido salicílico;
– Géis antiacne com peróxido de benzoíla.
A seleção varia conforme grau da acne, sensibilidade cutânea e histórico do paciente.
Importância da consulta dermatológica
Profissionais alertam que automedicação ou uso indiscriminado de cosméticos pode agravar a condição. A avaliação clínica permite definir o protocolo mais adequado, combinar terapias e monitorar eventuais efeitos adversos.
Com abordagem multidisciplinar que envolve higiene correta, dieta balanceada, escolhas cosméticas apropriadas e, quando necessário, medicamentos prescritos, a perspectiva de controle eficaz da acne aumenta consideravelmente.
O acompanhamento contínuo e a adesão às orientações especializadas representam o caminho mais seguro para redução das inflamações, prevenção de cicatrizes e manutenção da saúde cutânea.
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