Odores desagradáveis na região genital, descritos frequentemente como “cheiro de peixe”, costumam indicar alterações na flora vaginal e podem exigir avaliação profissional. Especialistas apontam a vaginose bacteriana como causa mais recorrente, mas infecções sexualmente transmissíveis, como tricomoníase, também merecem atenção.
Principais fatores associados ao mau odor
A vaginite, inflamação que atinge a mucosa vaginal, lidera a lista de responsáveis pelo odor forte. Entre os tipos mais comuns, destacam-se:
• Vaginose bacteriana (VB) – ocorre quando bactérias naturalmente presentes se multiplicam além do normal, provocando corrimento acinzentado e cheiro intenso, muitas vezes acentuado após a relação sexual.
• Tricomoníase – doença sexualmente transmissível causada pelo parasita Trichomonas vaginalis. Além do odor desagradável, pode provocar coceira e dor ao urinar.
Infecções fúngicas, como a candidíase, costumam causar prurido e corrimento espesso, porém o cheiro azedo que produzem tende a ser menos intenso que o da vaginose.
Terapias mais utilizadas
O tratamento deve ser definido por profissional de saúde, mas os medicamentos listados a seguir são considerados padrão, conforme recomendações publicadas pela farmacêutica especialista Gina Tatiane Fernandes em atualização de 28 de agosto de 2025:
Vaginose bacteriana
• Metronidazol oral: 500 mg, duas vezes ao dia, durante 7 dias.
• Metronidazol gel 0,75%: 5 g por via intravaginal, uma vez ao dia, durante 5 dias.
• Creme de clindamicina 2%: aplicação intravaginal diária por 7 dias.
Para gestantes, prefere-se a via tópica pelas menores repercussões sistêmicas.
Tricomoníase
• Metronidazol oral: 500 mg, duas vezes ao dia, durante 7 dias.
• Tinidazol oral: 2 g em dose única (alternativa).
• Parceiros sexuais: metronidazol 2 g em dose única para prevenir reinfecção.
O metronidazol pode provocar leucopenia, reações semelhantes às do dissulfiram quando ingerido com álcool e superinfecção por Candida. O uso no primeiro trimestre de gestação é relativamente contraindicado.
Quando procurar atendimento médico
Não é incomum existir leve odor natural. Entretanto, a presença de um ou mais dos sinais abaixo justifica consulta rápida:
• Corrimento branco acinzentado, amarelo-esverdeado ou com aspecto espumoso.
• Intensificação do cheiro após o ato sexual.
• Ardor ao urinar ou durante a relação sexual.
• Coceira persistente ou irritação vulvar.
Imagem: Internet
Dúvidas frequentes
Quando devo buscar ajuda?
Se o odor persistir e vier acompanhado de corrimento, dor, prurido ou ardência, a avaliação médica é necessária para diagnóstico e terapia adequados.
Existem outras doenças que provocam cheiro forte?
Sim. Gonorreia e clamídia, por exemplo, podem alterar o odor, embora geralmente sejam assintomáticas em estágio inicial.
Por que minhas partes íntimas cheiram a peixe?
O desequilíbrio da flora vaginal, típico da vaginose bacteriana, é o fator mais comum. A concentração de aminas voláteis produzidas por bactérias confere o odor característico.
Qual o melhor tratamento para mau cheiro?
A escolha depende da causa. Antibióticos, como metronidazol, são indicados para vaginose; antifúngicos tratam candidíase. Apenas um profissional poderá indicar a medicação correta.
Sinto ardência na relação sexual; qual pode ser o motivo?
Além da vaginose, infecções como tricomoníase, gonorreia e clamídia podem provocar dor durante o ato e devem ser investigadas.
Segundo Gina Tatiane Fernandes, que possui mais de 20 anos de experiência em estética avançada, a adoção de hábitos de higiene adequados, uso de roupas íntimas de algodão e redução do consumo de duchas internas ajudam a preservar o equilíbrio da flora vaginal, diminuindo o risco de odores indesejáveis.
A identificação precoce das alterações é essencial para evitar complicações e garantir conforto à mulher. Em caso de sintomas persistentes, a orientação é procurar atendimento especializado e evitar automedicação.
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