Retorno de Saturno: jornalista deixa CLT e vive de tarô

Retorno de Saturno: jornalista deixa CLT e vive de tarô é a história de Cris Nunes, profissional que abandonou uma década de carreira na comunicação após sentir, aos 29 anos, o impacto astrológico conhecido como retorno de Saturno. O período de reestruturação a levou da carteira assinada aos atendimentos com tarô e astrologia, hoje suas principais fontes de renda.

Formada em Jornalismo, Cris sempre teve curiosidade por mapas astrais e cartas. A virada, no entanto, ocorreu quando a estagnação profissional coincidiu com o ciclo saturnino, momento que, segundo a astrologia, exige amadurecimento e escolhas definitivas.

Retorno de Saturno: jornalista deixa CLT e vive de tarô

No auge da crise vocacional, ela buscou respostas justamente nos astros. As consultas que antes serviam como autoconhecimento tornaram-se ferramenta de trabalho em 2019, ano em que passou a atender clientes. A decisão definitiva veio em 2020: largou o regime CLT, criou site, identidade visual e, mesmo enfrentando dificuldades financeiras severas, manteve o plano. A estabilidade chegou apenas entre 2022 e 2023, quando a agenda de atendimentos consolidou a nova carreira.

Da técnica à intuição: método e responsabilidade

Cris rejeita a ideia de que tarô e astrologia sejam apenas “místicos”. Para ela, há robustez técnica e necessidade de estudo contínuo. Na mandala astrológica do tarô, um de seus serviços mais procurados, a astróloga combina posicionamentos planetários com as 12 casas, oferecendo panorama dos próximos meses para cada área da vida do consulente.

O compromisso ético é outro pilar. “Pessoas me procuram para decidir mudança de cidade ou carreira; isso exige escolha cuidadosa de palavras e constante atualização”, explica. O peso da responsabilidade a faz equilibrar conhecimento acadêmico — incluindo cursos avançados — e percepção intuitiva, sempre baseada em fundamentos.

Superando estereótipos e estendendo conhecimento

Incomodada com o uso pejorativo do termo “místico”, a taróloga defende a seriedade do ofício e planeja cursos para formar novos profissionais. Segundo ela, compartilhar conteúdo é forma de retribuir o aprendizado acumulado e ampliar a credibilidade do setor.

Além do atendimento individual, Cris se dedica a desmistificar conceitos como o próprio retorno de Saturno, ciclo que costuma levar adultos, dos 28 aos 30 anos, a reavaliarem metas e identidades. “É como dirigir em estrada sinalizada: você vê curvas e buracos antes de chegar”, compara.

Olhar para dentro: conselho a iniciantes

A astróloga recomenda começar a jornada espiritual compreendendo sombras e dores pessoais, processo que evita projeções externas. “Sem autoconhecimento, o tarô vira mera ferramenta de controle, e não funciona assim”, alerta.

Apesar de projetar vidas alheias, Cris também busca consultas com colegas para ganhar distanciamento. “É como terapeuta que faz terapia”, resume. O objetivo para o futuro? Manter sustentabilidade financeira no trabalho autônomo — dilema comum entre profissionais que trocaram o corporativo pela independência.

Em retrospecto, ela não se arrepende da guinada que o ciclo saturnino trouxe. “Se não enfrentasse o incerto, algo morreria dentro de mim”, conclui, reforçando a importância de escutar sinais internos e cósmicos.

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Crédito da imagem: Foto: Alle Manzano

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